CEMIG corta energia elétrica e manda consumidor procurar os seus direitos

O morador do bairro Alvorada, G.A.R., casado e pai de três filhos, sendo dois com 8 anos e o menor com apenas 1 ano de idade, tem passado por sérios problemas e, ultimamente, estes aumentaram ainda mais com o corte da energia elétrica de sua residência pela fornecedora CEMIG, por falta de pagamento. Dois de seus filhos menores têm problemas sérios e que necessitam do uso da energia elétrica para utilizarem o nebulizador para continuidade do tratamento, sendo indispensável seu uso para excluir perigo de vida, conforme orientação médica. Esse operário ganha atualmente não mais do que R$ 206,56 por mês e, devido ao tratamento de seus dois filhos, sua dívida com a farmácia alcançou os R$ 993,89. Sua mulher foi obrigada a deixar o emprego para cuidar dos filhos doentes e nessa situação estão tendo problemas também para a sua subsistência, pois com a renda de menos de um salário mínimo é quase impossível para uma família de 5 pessoas sobreviver. Esse cidadão tentou negociar a dívida de R$ 388,90 com a CEMIG e a mesma, sem considerar as condições financeiras do consumidor, estipulou prestações incompatíveis com o seu poder de pagamento. Pouco tempo depois, viu a energia elétrica ser novamente cortada e agora, sem condições de renegociar com a empresa e solicitando ao funcionário da CEMIG que não efetuasse o corte para não prejudicar seus filhos, teve que passar, ainda, pela humilhação de ouvir desse funcionário, na frente de seus vizinhos, que ele procurasse os seus direitos. É uma vergonha que fatos dessa natureza continuem acontecendo, principalmente quando originados de uma empresa prestadora de serviço e que, pelo Código de Defesa do Consumidor, é obrigada ao fornecimento sem interrupção por considerar que a energia elétrica é um bem essencial à população. É de se considerar também que essa mesma empresa CEMIG obteve um lucro de 407 milhões só no 1º. Trimestre de 2007, 20% a mais que no mesmo período do ano de 2006. É mesmo um absurdo que empresas desse porte continuem com essa política desumana, priorizando o lucro em detrimento do direito à vida. Felizmente, a indignação não é só dele, mas de toda comunidade raul-soarense. Em tempo: Esse cidadão procurou um advogado e acionou a justiça através de uma liminar que ordenou à CEMIG o religamento da luz em 24 horas sob pena de multa diária de R$ 500,00. Sua luz foi religada e ainda não foi cortada graças a essa liminar.