quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Uma Mensagem de Natal

Ruas e centros comerciais lotados. Consumismo desenfreado, correrias, estresse, árvores, presépios, guirlandas, pequenas luzes piscando em ambientes internos, iluminação farta em ambientes externos e escuridão dentro de cada um.
São almoços, ceias, jantares, muita bebida, muito cigarro poluindo nosso interior e o exterior. Nesses momentos, gastamos o que não poderíamos, endividamo-nos. São confraternizações sem fraternidade, em residências, escritórios, empresas, bares e restaurantes. Abraços e beijos puramente formais. Troca de mensagens com o objetivo único de não sermos diferentes. São conversas fúteis e às vezes grosseiras. Presentinhos trocados e que serão repassados a outrem sem sequer serem abertos e até com o risco de nos retornar, neste ou quem sabe, em outros fins de ano.
São ruas apinhadas num frenesi de vai-e-vem, trânsito engarrafado, humor alterado, isolamento individual mascarado por se estar em um grupo. É uma solidão na multidão. É o olho preso no relógio para não chegarmos atrasados ao próximo evento. Com tantos pacotes, sacolas, sons, cores, desencontros, desamores, constatamos um vazio existencial que esconde nossas frustrações, insatisfações, descontentamentos e sentimento de culpa pelo sofrimento e necessidades das crianças sem família, pelos moradores de rua, pelos animais abandonados, pela degradação de nossa fauna e flora, ao que não podemos aplacar, pelas ameaças à vida em conseqüência de nossas vaidades, egoísmos, ambições, ações e omissões. É a eterna busca do ter em lugar do ser, o desejo de estar onde não podemos e de parecer o que não se é.
Os sábios sempre recomendaram que precisamos transformar nossas vidas, buscando o ser, em vez do ter. O pensamento ecológico do cacique Sioux e que foi transmitido ao Presidente Americano Franklin Pierce, no longínquo 1855, diz o seguinte:

Quando a última árvore for cortada
Quando o último rio for poluído
Quando o último peixe for pescado
Aí sim, eles verão que dinheiro não se come.


Neste especial momento em que se comemora o nascimento daquele que veio para transformar as nossas vidas, o POL, imbuído desse sentimento de confraternização, deseja a todos os leitores deste blog os sinceros votos de Um Feliz Natal e um ano novo com 365 dias de muita reflexão sobre o que estamos fazendo conosco e nossa descendência. Trata-se de uma questão muito importante, porque, dependendo do que fizermos, ela não nos perdoará.

2 comentários:

Flavio Boaventura,  18 de dezembro de 2008 às 01:29  

Antigamente,o natal era comemorado em casa,com a familia,e até alguns amigos,em meio a orações e agradecimentos ao ano que findara. Hoje,o natal,infelizmente,é comemorado com bandas de musica e farra nas ruas,em meio a muita beberreira e aventuras,que muitas vezes,terminam em motéis. Puro consumismo...ilusão dos nossos jovens,que nem se quer se LEMBRA...do"PRINCIPAL" aniversariante,daquela noite! Amargamos,infelizmente,ver os nossos jovens assim!...

Anonymous,  19 de dezembro de 2008 às 18:00  

sE CADA UM DE NÓS FIZER BEM A SUA PARTE,O MUNDO JÁ ESTARÁ SALVO!FELIZ NATAL AMIGO PASCOAL E A TODA SUA FAMÍLIA POL!!!

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