terça-feira, 20 de novembro de 2007

Gameleira centenária escapa do corte por pouco

Depois de refrescar e embelezar o bairro Tarza por muitos anos; abrigar pássaros que entoaram tantos cânticos melodiosos; acolher pares românticos seduzidos pela sombra acolhedora; viver, enfim, cumprindo fielmente sua missão e de bem com o resto da natureza, nossa frondosa e secular gameleira quase abandona a vida para ceder lugar à desmedida especulação imobiliária. Entristecidos, alguns populares e vizinhos apareceram para protestar contra o corte que se tornava iminente. Depois de muitos protestos, felizmente essa história, por enquanto, está tendo um final feliz. O advogado Dr. Carlos Alberto Noronha (Coca) já solicitou ao MM. Juiz de Direito, Dr. Marcus Vinícios do Amaral Daher, uma liminar suspendendo o corte dessa árvore. Ruim para uns, bom para muitos, o certo é que nossa velha companheira está perto de ganhar mais uma chance de viver por mais uns tempos.

A história dessa gameleira é curiosa. Segundo nos informou um amigo (que me pediu para que seu nome não fosse revelado, pois prefere ficar de fora dessa polêmica), essa árvore foi plantada pelo sr. Nominato Ferreira da Rocha (Sô Nato) em ano próximo a 1927, quando ele ainda possuía uma venda na Tarza, inclusive o terreno, onde se encontra essa árvore. Esse amigo disse-me, então, que quando voltava da fazenda de seus familiares, trazia ovos para serem trocados por pedaços de broa nessa venda. E, vez ou outra, sô Nato sempre lhe lembrava que ele é quem havia plantado aquela gameleira, com um galho retirado de outra. Pelos nossos cálculos, essa gameleira hoje deverá estar com 80 anos ou mais.

Neste ínterim, preocupados com o destino de nossa velha amiga e tentando uma solução para esta questão, sugerimos ao Prefeito Vicente Barbosa propor o tombamento dessa quase centenária árvore como patrimônio ambiental, desapropriar a área desse lote, indenizando o proprietário pelo valor justo, e transformar esse local em praça pública para recreio de jovens, com a instalação de quadras de vôlei, peteca, etc e mesas de jogos para idosos. Para completar, poderia ser construída uma arquibancada ou, se preferirem, um palco para apresentação teatral ao ar livre, em baixo da frondosa gameleira. Desse modo ninguém sairia prejudicado e o bairro Tarza ganharia a tão sonhada praça de esportes que sempre foi prometida, mas nunca foi construída.

1 comentários:

mccaio o cara,  4 de dezembro de 2007 às 04:20  

parabens para a Radi uai ,que fez um papel muito inportante nesse dia ,seria interessante saber o que o irresposnsavel pelo corte o gual aoutorizou falesse .o que ele acha dessa paçjhaçada .pois isso foi uma palhaçada ,esse cara tinha que sair do seu cargo .
por que ninguem faz nada .
gostaria da resposta

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